segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Governo vai recuperar encosta para construir o Fan Park da Copa

09 Out 2011 . 21:00 h . Com informações da assessoria .

O projeto, que encontra-se sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), também foi encaminhado ao escritório de Oscar Niemeyer para as devidas atualizações.

Manaus - O Governo do Amazonas vai recuperar a área de encosta do espaço conhecido como Mirante da Embratel, onde será construído o Memorial Encontro das Águas, nas margens do Rio Negro, na zona leste. Projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, o memorial foi concebido pela Prefeitura de Manaus, em 2005, e cedido para ser executado pelo Governo do Amazonas, que pretende fazer no local o Fan Park da Copa 2014.

De acordo com o coordenador da Unidade Gestora do Projeto da Copa 2014 do Governo do Amazonas (UGP Copa), Miguel Capobiango Neto, a área onde será construído o memorial fica sob uma encosta às margens do Rio Negro que, ao longo do tempo, vem sofrendo processo de desbarrancamento devido ao fenômeno natural conhecido como 'terras caídas'. Ele explica que tão logo recebeu da Prefeitura o projeto original, foi providenciada a atualização, usando, inclusive, o mesmo projetista contratado na época. O projeto, que encontra-se sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), também foi encaminhado ao escritório de Oscar Niemeyer, no Rio de Janeiro, para as devidas atualizações dentro da concepção arquitetônica original do Memorial Encontro das Águas.

A área, explica o coordenador da UGP, é um ponto de visão privilegiado. “É a melhor vista de terra do Encontro das Águas, um dos nossos mais belos e famosos cartões postais”, destaca Capobiango, ao justificar o interesse do governador Omar Aziz em fazer no local o Fan Park ou Fan Fest, festa dos fãs do futebol durante os jogos da Copa. Após o evento, em 2014, o memorial assume o papel para o qual foi projetado, um mirante para o encontro das águas, com toda a infraestrutura e equipamentos necessários para receber turistas.

A parte superior do mirante é composta por um grande pavilhão em forma de oca destinado à exposição de espécies aquáticas da região amazônica, denominado “Memorial das Águas”. No subsolo está projetado um mirante-restaurante, incrustado na rocha a uma altura de 40 metros, com vista panorâmica para o Encontro das Águas.


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Projeto de Oscar Niemeyer para Encontro das Águas, no Amazonas, é descartado

Projetado em 2005, ainda na gestão de Serafim Correa, o Memorial Encontro das Águas custou aos cofres públicos de Manaus R$ 600 mil



Planta do Memorial do Encontro das Águas, que seria construído no terreno conhecido como Mirante da Embratel, à margem do rio Negro (Divulgação)

Única obra para Manaus projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, hoje com 103 anos, a construção do Memorial Encontro das Águas foi oficialmente descartada pela Prefeitura da capital amazonense.

Caso o memorial fosse construído, Manaus seria a segunda cidade da Amazônia a ter um projeto elaborado pelo arquiteto brasileiro de maior projeção mundial.

O único na região amazônica assinado pelo renomado arquiteto é o Memorial da Cabanagem, em Belém (PA).

O projeto do Memorial Encontro das Águas custou aos cofres públicos, em 2005, R$ 600 mil.

Este valor é considerado “módico” pelo vereador Mário Frota (PDT), na época vice-prefeito de Manaus e um dos principais articuladores do projeto junto a Niemeyer, diante da envergadura do autor do projeto.

O Memorial seria construído em um terreno desapropriado pela Prefeitura há alguns anos e que pertencia à Embratel, na margem do rio Negro, cuja vista é justamente o encontro das águas.

Nesta semana, a Prefeitura de Manaus confirmou que o terreno foi “doado” ao governo do Estado para que este construa na área um Fun Park. Detalhes da transação do processo de doação não foram divulgados.

Ao doar o terreno, a prefeitura também abandonou o projeto de construir o Parque Ecológico Encontro das Águas, anunciado ano passado, em entrevista coletiva dada pelo prefeito Amazonino Mendes.

Inviabilizado

O descarte do projeto do Memorial Encontro das Águas, até então, era apenas extra-oficial, como se ele ainda estivesse no limbo.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura (Seminf) confirmou que o projeto não faz parte dos planos da prefeitura.

Em nota oficial, a assessoria afirma que o projeto “foi inviabilizado na própria gestão do ex-prefeito Serafim Corrêa”, encerrada em 2008. Corrêa não se reelegeu e em seu lugar assumiu Amazonino Mendes.

Segundo a assessoria da Seminf, na gestão de Corrêa o projeto estava orçado em R$ 16 milhões e ainda teriam que ser gastos mais R$ 8 milhões em proteção da encosta, o que totalizaria mais de R$ 24 milhões. Este foi o motivo, segundo a assessoria, da desistência da gestão de Serafim Corrêa.

O ex-prefeito nega essa justificativa da atual administração da prefeitura de Manaus. Serafim diz que o projeto não foi executado pela falta de recursos disponíveis.

“Lamento profundamente não ter sido possível quando fui prefeito de Manaus a implantação do projeto pela absoluta falta de recursos. Agora a Prefeitura de Manaus tem muito mais recursos do que eu tive. Os dois primeiros anos da atual administração comparado com os meus dois primeiros anos tiveram uma arrecadação maior em um R$ 1,3 bilhão previstos para implantar o projeto”, comentou.

Para o ex-prefeito, a obra não foi tocada somente porque foi uma ideia de sua administração.

“O local é de uma vista privilegiada, pois está 60 metros acima do rio. Esse projeto que daria à cidade e principalmente ao turismo uma vista maravilhosa deve ser implantado. É muita pequenez diante da beleza do projeto do Niemeyer e da magnitude do Encontro das Águas”, afirmou.

Devagar

Responsável pelo primeiro contato com Oscar Niemeyer, o agora verador Mário Frota afirma que a gestão “devagar” de Serafim Corrêa ajudou a atrasar as obras do Memorial Encontro das Águas.

No entanto, Frota discorda que o projeto foi inviabilizado na gestão anterior e descreve como uma “coisa pequena e mesquinha” o desinteresse da gestão atual em executar a obra.

“O projeto seria a grande assinatura do Serafim. Ele poderia ter tocado o projeto, mas isso não significa que não poderia ser construído depois. Infelizmente há uma tradição ruim, de terceiro mundo, do administrador não continuar o projeto. Teme financiar algo pensando pelo seu antecessor”, observou.

Hoje vereador, Mário Frota também lamenta que suas duas tentativas de incluir a obra do Memorial Encontro das Águas no orçamento municipal tenha sido negado na Câmara Municipal de Manaus.

Fun Park

O coordenador da Unidade Gestora do Projeto da Copa de 2014, Miguel Capobiango, afirmou que o governo ainda vai discutir como formular um programa de trabalho para a construção do empreendimento no Mirante da Embratel.

Uma das propostas é que seja um modelo conhecido como Fun Park, destinado especialmente para servir de uma área turística para a Copa de 2014. Ele não soube dizer se o projeto de Oscar Niemeyer será utilizado.

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O famosíssimo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, elaborou o seu primeiro projeto para a região norte, chamado Memorial Encontro das Águas, um complexo com um mirante, um restaurante e um museu em uma encosta, onde se poderá observar o encontro dos rios Negro e Solimões.


Este projeto custou aos cofres públicos a quantia de seiscentos mil reais, foi elaborado em 2005, a pedido do então prefeito de Manaus Serafim Corrêa, infelizmente, o alcaide engavetou o projeto, não deu o devido valor ao empreendimento. A previsão da entrega seria para 2007, estava confirmada a presença do ilustre arquiteto, mas, o prefeito não lançou nem sequer a pedra fundamental; não conseguiu a sua reeleição por pura incompetência, e, o atual prefeito Amazonino Mendes não quer nem ouvir falar no Mirante.

O Memorial deveria ser construído em um terreno no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste da capital, com uma área verde de cerca de 20 hectares, o local pertence à Embratel (as duas torres permanecem no local), foi cedido a Prefeitura de Manaus. O complexo seria composto de dois prédios, exposições e restaurante, em uma grande praça no topo de uma encosta – o prédio de exposição consistiria de um pavilhão com a forma aproximada de uma oca, com 35 metros de diâmetro na base e altura de 7,20 metros, elevado em relação ao piso da praça. O pavimento do subsolo, com igual área, teria uma abertura para o ambiente externo, protegido por uma marquise.

O projeto previa ainda duas capas de concreto, elevando-se 20,80 metros em relação ao piso térreo, duas capas de concreto cobrindo setores de aproximadamente 120 graus. As duas capas, diametralmente opostas - uma delas reta, em amarelo, representando as águas barrentas do Rio Solimões, e a outra curva, em negro, representando as águas escuras do rio Negro -, se encontrando no topo. O prédio do restaurante ficaria encravado em outro trecho da encosta, acompanhando, na fachada, a sinuosidade das curvas de nível. Uma rampa, protegida lateralmente por muro de arrimo, daria acesso ao terraço e ao mirante.

O Oscar Niemeyer assim definiu o seu projeto: “Tinha diante de mim as fotografias do espetáculo que é o encontro das águas, e foi isso que dominou o projeto: as duas formas de concreto que sobem e se encontram, o preto representando as águas escuras do rio negro e o amarelo representando o rio Solimões, de águas claras”.

Agora, imaginem os senhores se esta obra colossal tivesse sido construída, o benefício seria imenso para a nossa cidade, o local seria transformado numa Meca para os ambientalistas e turistas, além do mais, teríamos uma enorme força para barrar a construção do Porto das Lajes (um mega projeto de destruição do Encontro das Águas).

A luta continua companheiros! Estamos na guerra contra a destruição desse magnífico cartão postal de Manaus, depois da nossa vitória, iremos incentivar o “desengavetamento” do Memorial Encontro das Águas. Sonhar não custa nada, mas sonharemos com os olhos bem abertos! O bicho homem está se autodestruindo, mas existe uma luz no fundo do túnel, ainda restam homens de boa vontade, preocupados com o futuro da humanidade, estes sim, farão a diferença, os outros, os maus, morrerão afogados na lama do seu dinheiro sujo!

Esta postagem foi publicada ano passado, republico em decorrencia do desengavetamento do projeto. O governador Omar Aziz fez uma parceria com o Prefeito de Manaus, Sr. Amazonino Mendes, o projeto e o local foi cedido ao Estado. Irão construir o monumento com outro nome "Fan Park", credo! Não tem nada de amazônico, dizem que o nome é uma imposição da FIFA para a Copa de 2014. Será? Em todo caso, bato palmas pela construção e aproveitamento do local, será muito proveitoso para os turistas nacionais e estrangeiros e, principalmente, para habitantes deste torão.
Fonte: http://jmartinsrocha.blogspot.com/2010/04/memorial-encontro-das-aguas.html